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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Filha de Kadhafi apela ao derrube do novo poder líbio

khadafi
Numa mensagem áudio divulgada pela estação televisiva Al-Rai da Síria, 40 dias depois da morte do pai, Aisha Kadhafi apelou para a revolta contra o regime que “chegou com os aviões da NATO”.
Com a queda de Tripoli para as forças rebeldes líbias, Aisha, dois dos seus irmãos e a mãe refugiaram-se na vizinha Argélia.

O apelo de Aisha coloca-a em conflito directo com as autoridades argelinas, às quais a família Kadhafi prometeu não fazer declarações públicas para não perder o estatuto de refugiada humanitária. Depois de idênticas declarações feitas em Setembro, as autoridades argelinas avisaram Aisha que poderia ser expulsa do país.

BERBERES DENUNCIAM EXCLUSÃO

Entretanto, os membros da tribo amazighs (berberes) da Líbia organizaram, domingo, em Tripoli, uma manifestação pacífica para protestar contra o que consideram “marginalização” contra si, por não terem sido envolvidos no Governo de Transição formado pelo primeiro-ministro, Abdelrahim Al-Kib.

Os manifestantes vindos de seis cidades da região ocidental da Líbia deslocaram-se, após uma concentração no Largo dos Mártires, em Tripoli, para a sede do Governo, pronunciando slogans que sublinham a unidade da Líbia, segundo informou a nova Agência Líbia de Notícias (LNA, Libyan News Agency).

Os manifestantes empunhavam a bandeira da independência e a insígnia dos amazighs, bem como cartazes em que se podia ler, entre outras inscrições, “Não estamos interessados nos cargos nem em empregos”. “A legalidade em primeiro lugar” e “Al-Kib, as pressões na composição do Governo não se devem fazer em detrimento dos direitos históricos e legítimos dos amazighs”.

O primeiro-ministro do Governo de transição, Abdelrahim Al-Kib, dirigiu-se aos manifestantes dizendo-lhes que “os Amazighs são parte integrante e indivisível da Líbia”.

“O sangue dos Amazighs corre nas nossas veias, todos os Amazighs líbios de Yfrane, Kabou, Jadou bem como os tuaregues e toubous de todas as regiões da Líbia fazem parte da sociedade líbia”, garantiu.