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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Afonso Dhlakama disse que as eleiçoes de 2014 foram as piores de sempre

Era de esperar a atitude da CNE. Este sempre foi o comportamento deste órgão. Em 94, 99, 2004 e 2009 foi a mesma coisa. Estas são as quintas, portanto, a CNE nunca anunciou os resultados depois
de uma aturada investigação ou depois de decifrar. Isto é, depois de retirar os votos desconfiados de enchimento e contabilizar os verdadeiros.

Nunca houve isso em Moçambique. Não é só a Renamo. É o MDM, PDD, sociedade civil e até figuras importantes nacionais que já vieram dizer que estas eleições são
as piores de sempre. Porque conseguimos apanhar provas, enquanto no passado os que roubavam votos conseguiram
esquivar-se. Falava- -se como se se
tratasse de um boato, agora não.
Foram apanhadas urnas com votos a favor do candidato da Frelimo e da própria Frelimo.

Foram apanhados boletins já assinalados a favor do candidato da Frelimo e da própria Frelimo. Foram apanhadas muitas pessoas que confessaram que recebiam
boletins de votos nos comitês do partido Frelimo. Aliás, não é a Renamo que está a dizer isso.

É a sociedade em geral em Moçambique.
Por isso não fiquei nervoso desta vez.
Porque, enfim, conseguimos provar que aquilo que já dizíamos há 20 anos continua. Se fosse a Renamo a dizer sozinha que descobriu a fraude, os de má-
fé iriam dizer que a Renamo quer justificar a derrota. Já não se trata de Dhlakama e Renamo.

São todos os jovens que votaram em Dhlakama e Renamo. É a própria sociedade, intelectuais, organizações moçambicanas ligadas ao Estado que, por razões de segurança, não se podem manifestar publicamente. Esta não é uma fraude que a gente tem que levar tempo a procurar especialistas para analisarem.
Agora fala-se de publicação dos resultados pela CNE. Sim ouvi aquele senhor (Sheik Abdul Carimo) religioso, islâmico, muçulmano. Foi pena porque os
muçulmanos têm o princípio de não admitirem brincadeiras, porque eles fazem juramento ao alcorão. Acredito que aquele pecou, dentro da religião ficou sujo,
porque ele não é analfabeto. Estudou e sabe que estava a enganar pessoas. Há
uma coisa que também gostava de dizer.
Ele pelo menos teve a coragem de falar de irregularidades graves, sinais de enchimento. Ele estava a repetir aquilo que os políticos andaram a dizer.

A concordar com os políticos, a concordar com as nossas afirmações.
De facto, alguém obrigou-o a publicar resultados e a dar vitória à pessoa que vai ganhar com fraude.

10 de  Novembro 2014

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