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domingo, 9 de novembro de 2014

poderia o Ebola evoluir para se tornar ainda mais mortal?

Há quarenta anos, Ebola era apenas um rio no Zaire, que corria tranquilamente sem incomodar ninguém. Mas, próximo dele, houve o registro do primeiro caso num pequeno hospital, que trouxe consigo questões como: de onde veio o vírus? Como o paciente zero
foi contaminado? Ele já sofreu mutações, e, o mais importante, vai continuar nesse processo?
Afinal, uma coisa que faz dos vírus seres quase imortais é sua capacidade de mutação e adaptação, o que traz à tona um pensamento bastante assustador: até onde o Ebola pode chegar em sua evolução? Já que ele é uma
zoonose, ou seja, é transmitido por um animal

hospedeiro – que até hoje não se sabe qual é -não é possível erradicar sua origem, o que
torna tudo ainda mais complicado.
O primeiro caso foi com uma criança, de apenas 2 anos, que foi levada a um hospital na região de Meliandou, na África, em dezembro
de 1976. A mãe da criança morreu uma semana depois, então uma irmã e depois a avó. Todas tiveram os mesmos sintomas, vômitos e diarréia. No funeral, os vírus se
alastrou para a cidade, e logo vários habitantes desenvolveram os mesmos sintomas. Três meses depois, a calamidade chegou a tal estágio que as autoridades
precisaram declarar um alerta de segurança.
Desconfia-se que tudo teve início com os morcegos-de-fruta, que são vendidos em mercados de cidades próximas e podem ter sido comidos ou transmitidos ao bebê. O problema é que, desde esse surto de contaminações, os humanos também passaram
a ser hospedeiros do vírus, que logo foi visto nos EUA, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Noruega.
Entretanto, a parte “boa” é que o Ebola só é transmitido através de fluídos, como o sangue
e o esperma, mas é justamente isso que preocupa os cientistas. E se o Ebola passasse e ser transmitido pelo ar, mas é algo que é incrivelmente improvável, já que um vírus que depende do sistema sanguíneo precisaria dar
“um salto evolutivo do reino da ficção científica”, explica Laurie Garrett, um pesquisador sênior da área da saúde.
Mas isso não significa que o vírus não vá se adaptar de outras formas, como por exemplo
se tornando menos patogênico ou mortal, assim podendo infestar mais pessoas.
Quantidade, inclusive, é sinônimo de qualidade, nesse caso: quanto mais vítimas são contaminadas, mais mutações o vírus sofre.
As estimativas são de que um milhão e meio de pessoas sejam contaminadas até o início de
2015, e que em dezembro o número de casos pode crescer para 10 mil por semana – quem
criou essas estatísticas foi a própria
organização mundial da saúde. De acordo com o Banco Mundial, essa epidemia vai ter um custo de mais de 30 bilhões de dólares, o que
poderia ser tambem uma catástrofe
astronômica para os países africanos mais afetados.

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