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domingo, 9 de novembro de 2014

Uma graciosa vigília de amor

Ela dorme numa cadeira ao lado
da cama de Mandela - Organiza para que antigos amigos de Mandela o visitem e ele oiça as suas vozes - Desmond Tutu diz que ela luta incansavelmente para unir a família de Mandela Com um ar cansado e sem qualquermaquilhagem visível no rosto, o seu cabelo simples e curto nome avistava com ela depois de muitotempo”, disse. “Ela
apresentava uma imagem decalma e dignidade, e o seu discurso ria de amor se desvanece, Machel é ainda isso. “É tão doce e tão
completo e tão natural”, disse ela sobre a sua rela- estilo afro, Graça Machel de vez em quando deixa o Medi-Clinic Heart Hospital,
onde Nelson Mandela se encontra internado.
Mas nunca se ausentou por mais de três horas.
Desde que Mandela foi internado no hospital há quase um mês, que ela passa todas as noites ao seu lado. Embora tenha sido reportado que ela dorme num quarto ao lado, o jor- nal City Press foi informado de que ela, de facto, passa as noites sentada numa cadeira ao lado.
Fontes familiares dizem que a sua de- dicação ao seu segundo marido não tem limites. Numa
declaração ao jornal, na quin- ta-feira da semana passada, o Arce- bispo Emérito Desmond Tutu disse: “Os sul-africanos devem à Graça Machel uma tremenda dívida de gra- tidão pela felicidade que ela trouxe para  Nelson Mandela desde o seu casamento. Ela
não trouxe só felici- dade ao Madiba, tentou também ar- duamente juntar a família Mandela”. O 15º aniversário do seu casamento comemora-se este mês. Depois de algumas visitas ocasionais à residência do casal em
Joanesbur- go e ao Centro Memorial Nelson Mandela, Machel regressa ao hos- pital acompanhada apenas por um guarda-costas no seu Mercedes-Benz azul escuro com vidros
fumados. É um modelo antigo da classe “C” — em contraste marcante com as novas rodas em
que chegam outros mem- bros da família.
Roupa e outros bens pessoais são trazidos ao hospital todas as sema- Verne Harris, do Centro Memorial Nelson Mandela, onde o pessoal chama Graça de “mãe”, disse que ela “contactou-nos e disse que Mandela pretendia ver os seus camaradas”. Assim, o pessoal
organizou a visita de Goldberg e de outros companheiros de Rivónia como Ahmed Kathrada e Andrew Mlangeni, porque a Graça queria proporcionar ao seu marido “o estímulo de ouvir vozes que ele co- nhece”. Goldberg confirmou que a Graça tem estado em vigília
permanente. “Deve ser cansativo”, disse Goldberg. “A minha primeira reação quando cheguei ao hospital foi de a abraçar. Ela estava
forte e no comando, mas parecia muito cansada. Tentei trans- ferir tanta energia quanto pudesse para ela. Que mulher”. Ele foi obrigado a pôr uma bata ci- rúrgica antes de
entrar para o quarto onde se encontra Mandela. À medida que ia conversando com o seu antigo camarada, a Graça manteve-se de
pé, aos pés de Mandela. “Quando comecei a falar, ele abriu os “As pessoas pensam sempre
na pessoa que está doente e omitem o acompa- nhante. Eu já tomei conta de duas esposas em fase terminal. Sei o que se passa
com ela”, disse Goldberg. Apesar do seu cansaço, Machel con- tinuou a! desempenhar as
suas obriga- ções, e na semana passada falou numa cerimónia de lançamento do Dia de Desporto e Cultura Nelson Mande- la agradecendo ao mundo pelo seu amor e apoio. “Está todos os dias nos nossos corações”, disse
ela. Um antigo amigo, o Professor Nja- bulo Ndebele, avistou-se com ela nesse evento. “Foi a primeira vez que foi genuíno, não uma
representação teatral”, disse Ndebele. Ele descreveu o casamento entre Mandela e Graça
como uma das maiores histórias de amor do século. “Recordo-me das fotografias quando o mundo começou a aperceber-se de que eles se haviam tornado compa- nheiros”, disse Ndebele. “Elas eram fotografias próprias de
pessoas apaixonadas. Era possível ver isso nos seus rostos. Eles ficariam de mãos dadas como
jovens”. Anos depois ele visitou-os durante o Natal em Qunu, e descreve um lar “c?heio de
netos e ela estava muito no centro de tudo, até supervisionando a preparação do almoço do dia do Natal”. Os seus encontros com
Mandela em Qunu eram por vezes difíceis. “Em várias ocasiões, no meio do si- lêncio, ele gritava, ‘Onde está a Gra- ça?’ quando ela se aproximava dele, ele tocava gentilmente o seu cabelo. Fiquei com a impressão de que ele se
tornara muito dependente dela, que ela era uma fonte de conforto e de consolo”. À medida que lentamente esta histó- Energia para
Moçambique Anúncio de Concurso ção, durante uma entrevista em 1998. “Não tomamos as coisas como um dado adquirido.
Sabemos como é vi- ver sem amor” . No sábado, ela foi a única da família Mandela no hospital; mais ninguém foi visitá-lo. O City
Press acredita que ela também abordou algumas das mais favoritas divas de Madiba para irem ao hos- pital cantar-lhe algumas das canções que ele tanto adora. Esta semana, ela também recolheu muitos dos tributos deixados fora do hospital por indivíduos desconhecidos. Disse Harris: “ela pediu para que fos-
semos ao hospital e recolhêssemos al- guns dos cartões lá depositados para o Madiba e trazê-los para o Centro. Os que tinham os endereços dos re- metentes, ela pediu para que respon- dêssemos, agradecendo. Ela receava que ficassem encardidos”. Na sua declaração, Tutu disse: “bon- dade é a primeira palavra que vem à mente quando alguém pensa em
Ma- chel. Esposa graciosa, feminista gra- ciosa, um ser humano gracioso. Gra- ciosa,
mas não para ser menosprezada ou
subestimada”. (City Press). nas numa grande mala vermelha de rodas. Nos dias em que ela
visita, a filha de Machel, Josina, permanece no hospi- tal durante horas, e às vezes todo o dia.
De acordo com a assistente pessoal de Mandela, Zelda la Grange, o papel de Machel é crítico. “Madiba sempre quer garantias de que
ela está por perto. Ela oferece estabilidadevemocional não só para ele, mas também para
muitos de nós”, disse ela. Um dos mais antigos amigos de Ma- diba e companheiro no julgamento de Rivónia, Denis Goldberg, visitou
Mandela no dia 1 de Julho a pedido de Graça.
olhos. Estava totalmente consciente”, disse Godberg. Ele falou para Mandela, transmitindo
cumprimentos e histórias de crianças no seu centro de caridade em Hout Bay, na Cidade do
Cabo, e Mandela virou a cabeça na sua direcção. “A Graça assegurou-me que Nelson ouviu-me. Ela disse para mim: ‘Ele está a falar para ti, está a responder. É simplesmente
porque ele não pode movimentar a boca’”,vdisse Goldberg acrescentando que era o tubo
na boca que o impedia de a movimentar.
Goldberg disse que Graça acompa- nhou-o para fora do quarto depois de 10 minutos, dizendo “já chega”. Depois, os veteranos da luta conver- saram com a Graça no corredor.

10 de Novenbro 2014

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